
Fazer músicas, e depois tocá-las, isso é muito divertido, chega a ser gratificante, é como investigar algo que está dentro de nós e tentar por pra fora tudo aquilo de bom e de ruim que está ou que estava dentro querendo sair. Podemos flutuar, fechar os olhos num quarto vazio e fazer com que ali apareça uma multidão te assistindo, e quando você quiser que a multidão vá embora é só abrir os olhos. Estar sozinho em casa, e tocar Mudhoney no último e se estiver sozinho, e cantar, fazendo a vizinhança te odiar, de tão alto que você toca e canta... isso é perfeito.
Então um belo dia, um trouxa te convida para tocar com ele e se juntar a outro trouxa para fundir as idéias e os ideais em notas de guitarras, baixo e bateria, já da para prever o estrago, 3 (três) trouxas tocando como loucos em uma garagem, ou num quarto vazio, historinha repetida, déjá vu, isso acontece com muita gente, muita gente que guarda dentro de si dádiva e a revolta de viver. Por isso, enquanto houver uma garagem vazia, uma guitarra distorcida, e uma idéia ou ideal para por pra fora, o rock não vai morrer, e consequentemente nossas vidas não perderão o sentido.
“Nós somos os filhos do meio da história,
sem propósito e sem lugar. Nós não tivemos
uma grande guerra ou uma grande depressão.
A grande guerra é a guerra espiritual.
A grande depressão, são as nossas vidas.”
(Tyler Durden)
Ricardo Henrique