quinta-feira, 27 de outubro de 2011

20 Poucos Anos





Aos poucos eu percebo que estou me afastando da minha família, não acho isso ruim, acho diferente, a minha vida mudou muito, não tinha noção de que isso aconteceria um dia, mas aconteceu, estou vivendo algo novo, como se fosse um redescobrimento de mim mesmo, então pouco tempo aconteceu tanta coisa, casei, separei, fui morar sozinho, me apaixonei, me declarei, conquistei mulheres, a velha expressão “tem uma mulher nua na minha cama...”, sim ela pode ser expressada de uma forma prática e sem sentimentos. Analiso tudo isso e penso o que está por vir, desde o meus 20 anos a minha vida está em constantes mudanças, algumas boas outras ruins, mas foram quatro anos... Como serão os próximos quatro anos se eu sobreviver, uma coisa é importante, estou vivendo, não intensamente como as pessoas costumam dizer, estou vivendo tranquilo e as coisas estão acontecendo sem se quer eu tentar prever, lembra do velho controle sistemático? É! Isso está acabando, mantenho o controle da minha vida, mas coisas inesperadas estão acontecendo semanalmente, e isso me surpreende a cada dia, fico muito dividido com tudo isso, ao mesmo tempo medo, ao mesmo tempo uma vontade de chorar e rir, uma semana triste, e uma feliz, vou vivendo conforme a vida, e sem arrependimentos, na hora dos arrependimentos é bom gritar bem alto... “ME DEIXA SER VINÍCIUS, BUKOWSKI, COBAIN, DEIXE-ME LIVRE PRA TENTAR ESPANTAR OS ASSOLADORES DA MINHA ALMA...” teatral não acha? Achei bonito... Parece que é isso... Parece que vida e mudanças são irmãos e ninguém quis me contar... Parece que vou morrer jovem.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Comediante




Quase choro de alegria por ser tão pessimista e negativo, prevejo as coisas que tenho certeza que vão dar errada, sofro, e quando elas acontecem, eu já nem ligo... Já sabia mesmo... Ou seja, sempre estou pronto, a Teoria do Máximo “O máximo que pode acontecer... é dar tudo errado...” Todos os pontos que ganhamos e perdemos na vida servem de lição para que quando cairmos poderemos nos levantar... Apesar de achar tudo isso uma ladainha sem vergonha, eu acredito que sim... Essa ladainha é verdadeira, os motivos pelos quais escrevo esse texto são tão pessoais e tristes, mas acho que consegui desenvolver um dom graças a minha ironia e sarcasmo, rir de mim mesmo e dos meus problemas. Sabe, quando tudo deu errado, cheguei ao ponto nesse início de ano de chorar... Hoje eu olho para traz com um sorriso maldoso e penso “Bem feito que sofreu seu filho de uma puta!!!”... Eu merecia, eu precisava, eu mereço, eu sempre preciso... Então se eu sempre preciso e sei que sempre vou sofrer porque não rir de tudo? Eu li uma frase muito boa esses dias de uma personagem de um quadrinho muito bom chamado Wachtman ... "Quando se percebe que tudo é uma piada, ser O Comediante é a única coisa que faz sentido."... A vida é tão triste, desesperadamente tão angustiante que se formos chorar, não vamos mais parar... Eu sempre olho para as pessoas com um sorrisinho irônico porque tenho pena delas... Mas não deveria... Mas é melhor escolher ter pena do que o outro sentimento... Por mim eu quero que todas morram... Então é melhor sentir pena... E o melhor de tudo, consegui parar de sentir pena de mim mesmo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Estar Longe...




Sabe qual é o pior? O pior é quando você se sente impotente ao ponto de não ter a menor ideia do que fazer, de repente você se pega num desespero constante, vendo que uma pessoa que você tem tanta admiração, que você nutri algo especial por ela, e simplesmente está em um estado que você tenta entender, mas não consegue, você quer ajudar de alguma forma, mas a única coisa que consegue fazer é tentar arrumar ideias do que fazer, e não consegue encaixar nenhuma, nunca me senti tão alheio e perdido, eu sou a parte mais inútil do Jack, se Tyler estivesse aqui agora ele me bateria e riria da minha cara. Odeio isso, gostaria de poder ajudar, gostaria de poder mesmo ajudar, seja da forma que for, eu gostaria. Espero que fique bem. Como queria estar ao seu lado agora.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Homenagem




Hoje estou com uma vontade de chorar, é, parece que ela não quer mais largar do meu pé, o que ela espera? O que ela deseja? Simplesmente se algema em meu braço e ataca minha alma, misturando náusea e tédio... Prefiro minhas vertigens, minhas teorias, minhas piadas...
Sua companhia me da medo, medo de não querer mais existir, queria poder achar a chave da algemas e ficar bem longe dela... Meu amor, minha amiga, minha maldição... Minha querida angustia.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Lê Almeida - Mono Maçã




E mais uma vez o nosso querido Lê Almeida provou que pode montar um bom disco, Mono Maçã está disponível para download e bem a mostra para os apreciadores não apenas de lo-fi, mas também da grande raiz alternativa que faz a gente perceber que o rock não morreu e não morrerá, o termo "faça você mesmo" está aí nas mãos desse talentoso carioca, dou destaque para três músicas "Transporpirações" vinda do EP com esse mesmo nome, "Mestre" características de suas músicas curtas que quando acabam a gente pensa "Caralho!!! Que som do Caralho!!!" e "Por favor não morra" que acabou fugindo da característica de música curta, porém usamos a mesma expressão acima, para os apreciadores de um bom Rock deixo o link para download dessa verdadeira pérola.

http://www.mediafire.com/?odpwf67b26wa0db

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Poema, precioso poema

Apenas Folhas



Deitado ouvindo a chuva cair,
Minha sagrada solidão e eu,
De mãos dadas,
O barulho da água batendo no telhado,
Acalmando meu coração,
As vezes acho que o mundo me odeia,
As vezes acho que apenas o tempo me odeia,
Me deliciando com mais um gole,
Reparo a silhueta das folhas das árvores que ainda existem,
Balançando com o vento,
Isso me acalma,
Sim, isso me acalma,
Situações sem sentido nenhum que vivo,
Transformam-se em palavras com menos sentido ainda,
Abro as velhas gavetas do meu armário,
Vasculhando,
A procura de idéias,
Penso se é isso mesmo que tenho que viver,
E sim,
É isso que tenho que viver.


Guilherme Galfman