quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Poema, precioso poema

Apenas Folhas



Deitado ouvindo a chuva cair,
Minha sagrada solidão e eu,
De mãos dadas,
O barulho da água batendo no telhado,
Acalmando meu coração,
As vezes acho que o mundo me odeia,
As vezes acho que apenas o tempo me odeia,
Me deliciando com mais um gole,
Reparo a silhueta das folhas das árvores que ainda existem,
Balançando com o vento,
Isso me acalma,
Sim, isso me acalma,
Situações sem sentido nenhum que vivo,
Transformam-se em palavras com menos sentido ainda,
Abro as velhas gavetas do meu armário,
Vasculhando,
A procura de idéias,
Penso se é isso mesmo que tenho que viver,
E sim,
É isso que tenho que viver.


Guilherme Galfman

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